domingo, 6 de julho de 2014

Temporada Verão 2014 - Primeiras Impressões pt1



Começou a nova temporada de animes lá no Japão; uma temporada com a segunda temporada do excepcional Space Dandy, mas poucas estreias promissoras. Vamos esperar que haja ao menos uma ou duas boas surpresas nos aguardando.

Obs: Para o guia completo da temporada, checar o sempre excelente post do Gyabbo.

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Shirogane no Ishi Argevollen


Gêneros: Mecha, Ação
Fonte: Original
Estúdio: Xebec

Em um mundo onde os países Alanda e Ingermia estão em guerra há um longo período, o soldado Tokimune salva uma garota chamada Jamie do ataque das forças inimigas; agora, para conseguir sobreviver, ele passa a lutar usando o Argevollen, um nova arma de guerra.


Os aspectos técnicos não trazem nada de novo ou surpreendente - são até bastante genéricos -  mas funcionam dentro do gênero. O uso de CGI para fazer os mechas - o que dá margem para animações horríveis - neste caso é até sutil e bem encaixado. Peca, no entanto, pela lentidão das cenas de ação e pela incapacidade de representar o peso dos robôs.

A trama é genérica, mas não tenta se supervalorizar e não perde tempo com narração expositiva, o que é positivo. Os personagens ainda não foram decentemente apresentados e parecem bastante clichê, inclusive na aparência. Um pecado especial é a quantidade inexplicável de garotas "fofinhas" em meio às forças armadas. Fica um salve positivo por tirar parte do foco do combate em si e mostrar um pouco do dia-a-dia dos soldados em uma situação de guerra.

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Rail Wars



Gêneros: Ação, Romance, Shounen

Fonte: Light Novel

Estúdio: Passione

A história do “sonho do entretenimento ferroviário paradisíaco” é ambientado em um mundo paralelo onde o Japão não privatizou suas as ferrovias nacionais. Naohito Takayama é um garoto comum do ensino médio que sonha com um futuro confortável trabalhando para as Ferrovias Nacionais do Japão. Ele é contratado como estagiário na Força de Segurança, cheia de pessoas estranhas, como Sakurai, um encrenqueiro que odeia homens. Além disso, um grupo extremista chamado “RJ” planeja privatizar as estradas de ferro nacionais japonesas.


Bonito e bem animado, embora sem nada que impressione ou encha os olhos. A trilha sonora é básica, mas tem alguns toques de jazz que quebram a monotonia e contribuem bastante para o clima leve do anime.

A trama é curiosa, e avança neste primeiro episódio em um ritmo muito rápido, mas que ainda funciona. Resta saber qual será o comprimento da série e se este ritmo se manterá; é provável que não. Os personagens ainda não foram desenvolvidos e parecem bem clichê, mas têm algum carisma. Acho que vale assistir mais um ou dois episódios pra ver no que vai dar.

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Tokyo Ghoul


Gêneros: Sobrenatural, Psicológico, Seinen
Fonte: Manga
Estúdio: Studio Pierrot

O suspense de horror se passa em uma Tóquio assombrada pelos misteriosos “fantasmas” que estão devorando seres humanos. As pessoas estão tomadas pelo medo destes fantasmas cujas identidades são mascaradas em mistério. Um estudante universitário comum chamado Kaneki encontra Rize, uma menina que é uma ávida leitora como ele. Ele não percebe que seu destino irá mudar durante essa noite.


Confesso que esperava apenas mais um destes animes sombrios, gráficos e insanamente violentos que fazem sucesso entre pré-adolescentes revoltadinhos. Fui surpreendido por uma trama muito bem construída, que promete embarcar de forma bastante dramática no psicológico e moralidade do protagonista. A apresentação do universo foi minimalista e elegante, mas quase escorregou na cena final e se tornou desnecessariamente expositiva.

O conjunto técnico (estética, animação, trilha sonora...) foi impecável. O destaque fica para os cenários bem construídos e bem aproveitados e, acima de tudo, à direção de Shuhei Morita. A montagem das cenas foi muito bem feita, acelerando ou desacelerando o ritmo de acordo com o que a trama pedia. Primeira boa surpresa da temporada.

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Aldnoah Zero



Gêneros: Ação, Mecha, Ficção Científica
Fonte: Original
Estúdio: A-1 Pictures

Em 1972, uma hipervia foi descoberta na superfície da lua e a humanidade começou a migrar para Marte, estabelecendo-se por lá. No entanto, eventualmente, as sementes da guerra foram semeadas.


O anime tem mais personalidade do que sua sinopse genérica faz parecer. Nos quesitos técnicos, o destaque fica para a trilha sonora, muito bem orquestrada e que constrói muito bem os momentos de tensão da penúltima sequência. Lembra um pouco a trilha de Pacific Rim. Apesar disso, os acorde principais de um dos temas parece um rip-off do tema principal de Kill la Kill, Don't Lose Your Way.

A montagem e direção (de Ei Aoki) é muito bem executada - ele alterna entre diversos núcleos de personagens ao invés de seguir uma linha única, dando um sabor especial ao anime e conseguindo estabelecer o universo sem apelar muito para as exposições. Ainda é cedo para falar dos personagens, mas essa série pode ser uma boa promessa.

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Akame ga Kill


Gêneros: Ação, Aventura, Fantasia
Fonte: Manga
Estúdio: White Fox

Em um mundo de fantasia, o lutador Tatsumi parte para Capitol com o intuito de ganhar dinheiro para a sua aldeia que está morrendo de fome, mas acaba encontrando um mundo de corrupção inimaginável, tudo se espalhando a partir do depravado primeiro-ministro. Depois de quase se tornar uma vítima desta próprio corrupção, Tatsumi é recrutado pelo Raid Night, um grupo de assassinos dedicados a eliminar a corrupção que assola Capitol.


O anime promete ser apenas mais um battle shonen genérico, com aquele enredo clichê de protagonista guerreiro que sai de sua vila no interior para ir à cidade grande. E é exatamente isso que ele entrega.

Ao menos até a sequência final, quando as coisas mudam de figura e o potencial da série sobe imensamente. Não vou dizer mais nada, pra não estragar a experiência, mas vale a pena assistir este primeiro episódio.

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Gekkan Shoujo Nozaki-kun


Gêneros: Comédia, Romance, Escolar, Shoujo
Fonte: Manga
Estúdio: Dogakobo

É uma comédia romântica que começa quando a estudante do ensino médio, Sakura Chiyo, confessa seus sentimentos para seu colega Nozaki. Devido a um mal-entendido, Nozaki pensa que Sakura é apenas uma fã de seu trabalho como mangaka de shoujo.


Toda temporada eu escolho um shoujo bonitinho para assistir junto com a minha namorada, e esse tem tudo pra ser o escolhido da vez. A dinâmica entre os eventos românticos que o protagonista masculino representa em seu mangá e a falta de romantismo em sua vida real dá o tom humorístico, junto com as "reações internas" da protagonista feminina (bem utilizadas, lembrando Nisekoi). Está, aliás, é bastante carismática, característica imprescindível neste tipo de anime. Já a falta de carisma do protagonista masculino é intencional e serve a propósitos narrativos, por isso não incomoda.

Os aspectos técnicos funcionam muito bem, mas também não inovam. A música de abertura é especialmente boa, minha favorita da temporada até agora. Saldo final: altamente recomendável pra quem gosta do gênero.

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Vou encerrar por aqui este post, mas haverá mais um, talvez até dois. É, esta temporada não está se saindo mal, mas ainda falta algo que exploda minha cabeça, um Space Dandy da vida. Quem sabe no próximo lote?

Parte 2 aqui.

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