terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Primeiras impressões da temporada Inverno 2014 de animes




Pra quem não entende do assunto, vale antes uma pequena explicação:



Todas as estreias ou continuações de animes na TV japonesa são lançados em quatro épocas específicas do ano, acompanhando as estações. Isso significa que a cada três meses a otakusfera se incendeia com a perspectiva de garimpar, em meio às cerca de quarenta estreias, algumas pérolas que valem a pena ser assistidas e comentadas.



Já há algum tempo eu faço o seguinte esquema: checo a lista de animes da temporada (o melhor lugar para fazer isso é o Gyabbo), decido (através de sinopse, trailer e nomes envolvidos) quais vale a pena conferir e, por fim - depois de assistir entre um e três episódios de cada - defino quais vou acompanhar até o fim.

Neste post, vou comentar um pouco sobre os animes da atual temporada Inverno 2014 (lembrando que o Japão fica no hemisfério Norte, então as estações são trocadas) que eu já assisti.

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Space Dundy


O personagem principal, Dandy, é caçador de alienígenas e o “homem mais fanfarrão do espaço”. O anime se passa em um futuro distante, onde as pessoas têm ido para os confins do universo. Dandy está à procura de aliens que ninguém tenha encontrado antes com seu parceiro robô QT.

O anime cool da temporada, e o meu favorito até então. Space Dundy é uma explosão! Traço cheio de identidade e cor, animação primorosa, trilha sonora incrível, metalinguagem, humor nonsense, personagens carismáticos... É até difícil listar tudo. Acima de tudo, Space Dundy tem um tom completamente experimental.

Vale lembrar que o anime está sendo lançado simultaneamente com dublagem em japonês e em inglês. Eu assisti ambas, e dou a dica: se você entende inglês sem legenda, assista a versão americana. Tá maravilhosamente bem dublado.

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Tonari no Seki-kun


O manga original gira em torno de uma garota chamada Yokoi que se senta ao lado de um rapaz conhecido apenas como Seki-kun. Seki-kun não presta atenção as aulas e, ao invés, cria pequenas distrações surpreendentes, como um campo de golfe detalhado com o curso em sua mesa, ou toda uma guerra dramática que está sendo encenada por peças de shogi. Yokoi muitas vezes acaba ficando interessada em seus jogos, mesmo que eles pareçam sempre acabar com ela em apuros com o professor!

Outro nonsense, com uma pegada um pouco mais de humor inglês (situações simples extrapoladas até as últimas consequências, de forma a causar humor e incômodo). Ao contrário do citado acima, este anime é simples em todos os sentidos. Cada episódio tem pouco mais de sete minutos, o traço é simples, o cenário é um só e as cores são claras e pastéis. Mas isso não é uma desvantagem! Tudo isso serve para passar magistralmente o tom desejado. Outra pérola que vale a pena ser assistida.

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Toaru Hikuushi e no Koiuta


Este é um conto de um príncipe que perdeu tudo e sai em uma viagem sem garantia de retorno à sua cidade natal com segurança. Com ódio e vingança em sua mente, ele encontra várias pessoas que lhe ensinam sobre amizade… e amor.

Uma fantasia moderna de proporções épicas, com um fortíssimo clima de RPG japonês. O mundo apresentado chama atenção, as o enredo em si ainda é um mistério. Os aspectos técnicos são bons; a identidade visual é boa, apesar de não completamente original. Destaque para o bom uso da animação 3D, o que não é fácil de fazer. O anime prenuncia abordar questões sociais, mas os personagens não me cativaram tanto à primeira vista. Com certeza vou assistir mais.

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Witch Craft Works


Takamiya Honoka é um aluno regular cujo único problema parece ser que ele se senta ao lado de Kagari Ayaka, n º 1 em beleza da escola. Eles nunca falaram um com o outro antes e qualquer pequena interação entre eles resulta imediatamente em seu fã-clube bater nele. No entanto, quando uma parte caindo do prédio da escola está prestes a mandá-lo para a vida após a morte, é Kagari que vem em seu socorro. Só que ela está vestida como uma bruxa, carregando-o nos braços e flutuando em uma vassoura! Kagari diz a ele que é a sua missão protegê-lo e que agora ela finalmente pode protegê-lo abertamente, em vez de à paisana.

A sinopse denuncia um enredo de [ação + romance] dos mais genéricos. Mas o anime se diferencia pelo fato de tudo nele ser feito visando o desconforto e o estranhamento. O andamento é lento, os cenários são amplos e claros demais, a trilha sonora é minimalista em alguns momentos e grandiosa em outros, a sonoplastia é barulhenta, os inimigos animados em 3D são bizarros. Não tenho certeza se vou levar adiante, mas vale à pena conferir.

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Saikin, Imouto no Yousu ga Chotto Okashiinda ga


Nessa comédia romântica uma garota chamada Mitsuki Kanzaki vive com seu meio-irmão Yuya depois de sua mãe se casar novamente. Um dia, Mitsuki é possuída pelo espírito de uma jovem garota, Hiyori Kotobuki. Hiyori (no corpo de Mitsuki) deve se apaixonar por Yuya para avançar para os “Portões do Paraíso”.

Uma comédia ecchi (erótica) bem leve. Os aspectos técnicos são muito bons; o traço em si é genérico, mas as inserções (como as tarjas) têm uma identidade visual própria. Vale a pena pra quem curte o gênero ou pra quem assiste na vibe de zoar todas as bizarrices do anime.

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Nobunaga the Fool


Era uma vez, dois planetas – O Planeta Ocidental e Planeta Oriental -, os dois lados estavam ligados pelo “Dragon Pulse” que abrange os céus. A civilização que uma vez tinha prosperado virou lenda, enquanto as chamas inextinguíveis da guerra rasgam os reinos. Os dois planetas permanecem envolvido em batalhas intermináveis. O retorno da super-tecnologia conhecida como “tesouros sagrados” pode revolucionar a ordem do mundo, mas ninguém sabe deles além de uma pessoa: uma “garota herética”. A garota da Panet Ocidental, Jeanne Kaguya d’Arc, teve visões celestiais do nascimento de um “Messias estelar” que irá salvar o mundo. Ela embarca em uma jornada ao Planeta Oriental com Leonardo da Vinci, “aquele que observa o mundo”. Eles passam pelo herege Planeta Oriental e “o maior idiota dos dias”, Oda Nobunaga.

Pode agradar a quem gosta deste gênero: épicos de ação que fazem referência à História. Mas eu achei tão genérico que não tive paciência nem de assistir o primeiro episódio até o final. Só dou uma segunda chance se alguém cuja opinião eu confio me indicar ele.

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Dos poucos que eu assisti, só um REALMENTE não me agradou. Ainda devo assistir mais alguns, então vai rolar ao menos mais um post desses.

PARTE 2 AQUI

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